Vou confessar que tenho medo.

Não da morte do corpo, mas dos sonhos.

Medo de morrer com os olhos vivos numa alma presa;

medo de me enxergar sozinha no final da estrada;

medo de me tornar fria demais.

Medo de me perder na correria e não me encontrar mais em meio ao sossego.

Nem todo dia faz sol, mas também nenhum temporal dura a madrugada inteira.

“Isso também passa.”

E só depois que seus olhos se viram longe, percebi que não se transborda com metades.

Ficção de má qualidade
Ficção de má qualidade

Written by Ficção de má qualidade

ficção de má qualidade (e impressões literárias meio pobres)

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