May 19, 2020
Vou confessar que tenho medo.
Não da morte do corpo, mas dos sonhos.
Medo de morrer com os olhos vivos numa alma presa;
medo de me enxergar sozinha no final da estrada;
medo de me tornar fria demais.
Medo de me perder na correria e não me encontrar mais em meio ao sossego.
Nem todo dia faz sol, mas também nenhum temporal dura a madrugada inteira.
“Isso também passa.”
—
E só depois que seus olhos se viram longe, percebi que não se transborda com metades.